A comissão organizadora da II Assembleia Unificada do Movimento Indígena de Roraima, realizada nos dias 7, 8 e 9, na comunidade indígena Tabalascada, região da Serra da Lua, publicou nesta sexta-feira (14), a carta destinada às autoridades públicas dos setores da saúde, educação e da política indigenista.
Durante a Assembleia, que teve como tema “Unificando o Protagonismo dos Povos Indígenas de Roraima na Saúde, Educação e Funai/RR” , o movimento indígena avaliou a coordenação dos gestores indígenas indicados na I Assembleia (2023), que assumiram os cargos na Coordenação Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Distrito Sanitário Especial do Leste de Roraima (Dsei-L/RR) e no Departamento de Educação Indígena do Estado (DEI), além de avaliar os avanços nas propostas encaminhadas aos setores públicos.
Em março de 2023, Marizete de Souza, assumiu a coordenação da Funai/RR, sendo a primeira indígena a ocupar o órgão indigenista e da mesma forma, Zelandes Alberto Oliveira, como coordenador distrital do Dsei-Leste/RR e Leonardo Pereira, assumindo a direção do Departamento de Educação Indígena incluida na pasta da Secretaria de Educação do Estado.


Na carta, com mais de cem deliberações aprovadas, o movimento apontou vários avanços, principalmente a conquista de espaço, uma das principais reivindicações do movimento indígena há décadas. Descataram como avanço, a presença dos gestores indígenas nas comunidades, diálogo, parcerias e o atendimento das ações, mesmo com vários desafios na gestão pública e a falta de recursos suficientes para atender as demandas indígenas.
Também aprovaram mudanças na coordenação do Distrito Leste de Roraima (Dsei-L/RR), indicando Mario Nicacio, para assumir a próxima gestão em substituição ao atual coordenador, Zelandes Patamona, além de outros setores da saúde indígena. Reafirmaram a indicação de Marizete de Souza, na coordenação da Funai/RR e Leonardo Pereira, na direção do Departamento de Educação Indígena, e outras indicações na educação indígena do Estado.
Por décadas, uma das lutas do movimento indígena de Roraima foi ocupar espaços que atuam no atendimento às políticas públicas voltadas aos povos indígenas, principalmente em setores da saúde e educação indígena, além do único órgão indigenista brasileiro, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), com intuito de fazer valer o direito específico e difereciado garantido na Constituição Federal Brasileira.
Confira a Carta às Autoridades Públicas:
CARTA FINAL- II Assembleia Unificada da Saúde